segunda-feira, 11 de maio de 2009

SENSIBILIZAÇÃO JUVENIL

texto de Maio de 2008.

SENSIBILIZAÇÃO JUVENIL

Por João Damásio da Silva Neto[1]

Num contexto socioambiental, enquadrar a juventude como atuante é uma tarefa difícil, mas não é e nunca será impossível. Toda essa dificuldade se dá pela variação do comportamento do jovem ante o fato exposto e principalmente como foi exposto.

Não existem “receitas prontas” e mesmo que existissem, os “cozinheiros” seriam diferentes, ou seja, não existe um meio infalível para criar elos entre a sensibilização sobre questões ambientais (EA – Educação Ambiental) e jovens. E mesmo que houvesse esse meio, continuaria variando, de acordo a quem em geral “sensibiliza” (palestrante, oficineiro, facilitador etc.), pois somos todos diferentes e, portanto, temos meios diferentes de agir.

É obvio que essas ligações (EA e juventude) devem ser feitas. Então, como fazer isso, considerando que não existe um meio padrão?

Como somos todos diferentes, pensamos e agimos distintamente. E a variação do pensar ocorre tanto no jovem sensibilizado, quanto no expositor do fato. Com essa afirmação já se conclui a necessidade do dinamismo em quem se propõe a sensibilizar outros, para que possa acompanhar as variações de pensamento presentes, principalmente, em jovens.

Para obter esse dinamismo, não se dispensa conhecimento, mas o que se faz necessário é a espontaneidade e a garra (força de vontade), que ‘coincidentemente’ estão presentes nos jovens. Portanto, é importante a participação efetiva de jovens na instrução de outros jovens. Quando poderemos afirmar: “Está sendo falada a mesma linguagem!” E é claro que é facilitadora a idéia de conversar de brasileiro a brasileiro, que brasileiro com europeu.

Mas ainda assim, a questão não está resolvida, pois caso estivesse – estaríamos traçando um caminho único, qualificando a fórmula infalível: “Jovem² + conversa + pitada de sorte”. Portanto, sabemos que não é possível chegar a um exemplo a ser seguido.

Tudo depende de questões como: Quando? Onde? Porque? Como? Será? ou seja, varia de acordo a personalidade distinta de todos jovens, em que momento da vida foi retratado perante o jovem, como isso foi feito e por qual motivo.

Além de tudo, nada, principalmente que se refira a juventude, pode ser tão generalizado ao se analisar um determinado assunto. Pois, será que todos os jovens falam a mesma linguagem?

Há os singelos, humildes, góticos, ambiciosos, malandros, espertos, desinteressados, positivos, negativos ou neutros, sérios, tímidos, inteligentes, deficientes, imorais, amigáveis, compulsivos, nervosos e outras infinitas qualidades que podem ser atribuídas a jovens. Então, nem sempre a dinâmica de descontração é amigável, talvez um dinamismo lógico (para se raciocinar) não seja acompanhado por todos. Alguns gostam de palestras, outros dormem nessas ocasiões; Alguns adoram brincar e rolar, outros resmungam pelos cantos o desprezo por essas atividades; Enquanto muitos adoram aparecer, outros se escondem de tudo e de todos; Alguns namoram demais, outros ainda não pensam nisto (raro) e outros já amadureceram essa idéia.

Enfim, é impossível (pelo menos por enquanto) sensibilizar alguém. Pois cada a sensibilização é um processo individual. E ninguém tem o poder de conceder a consciência do correto a outro alguém. Até mesmo porque nem sempre o que pensa estar correto, está.

Caminhos podem ser mostrados, dicas podem ser esplanadas, mas a reforma íntima é mesmo bastante íntima!



[1] Integrante do Coletivo Jovem de Meio Ambiente de Goiás, articulador do CJ Palmelo-GO e CJ Urutaí-GO.

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